terça-feira, 31 de maio de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sabemos que estamos num pais diferente quando...

...um colega corta as unhas ao nosso lado, em cima da mesa de trabalho.

E o que eu adorei ler esta frase?

Uma caxinha de surpresas

As minhas senhoras favoritas (mãe e tia) vinham despreparadas para cá. Pouca ou nenhuma pesquisa fizeram, e por essa razão vinham também no seu mais puro estado: o das percepções, das impressões. E foi maravilhoso quase rever-me em certas surpresas diárias delas.

1) Nunca contaram jantar e beber um belo Chardonay chileno num sitio cosmopolita como este.
2) Nunca imaginaram vir a Indonésia e passar apenas 3 dias na praia.
3) E ainda mais: as praias não foram sequer as partes favoritas da viagem.
4) Não sonhavam com o quão difícil seria atravessar uma estrada aqui.
5) Não contavam com a simpatia e envolvencia das pessoas.

E agora peco as duas senhoras para aqui deixarem um testemunho: o antes e o depois. O que acham deste pais?


O que eh* bom acaba cedo

Foram 15 dias, 3 fins de semana com os mimos da mãe e da tia. E eu que tinha tantas saudades, com mais fico, porque apesar de tudo, o que são 15 dias de atenção quando esta vem de quem mais gostamos?

"Fazes-me falta, filha". Também me fazes falta mãe, mas deixa-me ser feliz aqui só mais um bocadinho, sim?

* Uma adenda: muitas vezes veem palavras como esta (eh) escritas aqui pelo meu blog. Salvo um ou outro typo que de certeza me passam despercebidos, muitos desses "erros" são devidos a ausência de acentos e cedilhas no teclado asiático. Ja instalei um corrector automático de português que me permite corrigir algumas palavras, mas que não maioria das vezes não distingue o "e" (verbo ser) do "e" (conjunção), dai procurar facilitar-vos a tarefa de leitura com um muito errado mas algo pratico eh.Não me julguem por isso, sim?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nomadismo

Para nos, os novos nómadas da globalização (não considero que me qualifique, dado o estatuto temporário do meu nomadismo, mas vá, vamos facilitar e dizer que também sou), as partidas e despedidas fazem parte da rotina, ao ponto da insensibilidade. Nada de lágrimas , nada de choro, apenas o adeus e a continuação. Aprende-se a explorar cada minuto ao máximo, pois na realidade não sabemos quando (ou se) voltaremos a ver certas pessoas que encontramos pelo caminho. E se assim e, mais vale aproveitar. Esta e uma política que tenciono mitigar. Gosto.

Tem-me feito mais carinhosa para com os meus (que o diga a minha mãe, que nunca recebeu tanto beijo, abraço ou festa por parte da filha como nestes últimos dias em que cá tem estado), e talvez um pouco mais sensível ao que e dito, como e dito e a quem e dito. Sim, estou menos bruta e menos desbocada, se acreditam nisso.

Ui!!!

Quando aterrar em Lisboa, há alguns sítios que não me vão  escapar: quero um cupcake e capuccino na Tease e uma caipirinha ao fim da tarde no Le Chat.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sem desculpas!

As minhas amigas gravidas ou que são recém maezinhas*: toca a enviar fotos das vossas barrigas / rebentos / ecografias.

*Ja começam a ser mais que as mães...
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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Batu Karas

Batu Karas foi uma aventura. Porque nos levou o dobro do tempo que devia a chegarmos la. Porque foram dois dias super intensos e recheados. Porque nos deslumbramos sempre que saímos de Jakarta e vemos praias sem fim, virgens, desertas, inexploradas, com arrozais a cocar-lhes as costas.

Passear de mota, mergulhar no Indico, beber agua de coco na praia, comer bem, dormir ao som da chuva, saltar de cataratas, visitar uma gruta debaixo de uma queda de agua. Paz, sossego e calmaria (a excepcao do momento em que conduzi uma mini van pelas estradas indonesias, uma experiência absolutamente alucinante pela quantidade de motas que quase atirei para fora da estrada. E que elas vinham de todos os lados!).

O ponto alto e a razão pela qual escolhemos Batu Karas, famoso surf spot no sul de Java, foi pelo Body Rafting que aqui e' possível fazer no Green Canyon. E estávamos cheios de picos para tal.

A adrenalina foi nula, mas a beleza natural e a experiência valeram por si. 6 kms a flutuar rio abaixo, trepando rochas, deixando-nos levar em pequenos rápidos, entalados entre escarpas de outra forma inacessíveis, saltar de rochas e apenas sentir-nos pequenos perante tamanha grandiosidade. Green Canyon e' monumental.

E no final do dia, encher-nos de bom marisco, calamares e peixinho fresco.

Ora vejam:


 



 

O que me espera

Com a crise a apertar, zero perspetivas de trabalho (mea culpa que ainda não comecei a procura, esta para breve, não se preocupem), e regresso a Portugal agendado para Agosto, aqui fica um blog que se vai tornar na minha religião.

terça-feira, 24 de maio de 2011

No comments

Olhamos com desdém e apontamos como "incivilizados" os muçulmanos (ou qualquer outro povo polígamo que permite que um homem tenha mais do que uma mulher).

E depois promovemos o adultério virtual

Pelos vistos aos portugueses não chega uma mulher a chatear em casa. Também precisam de alguém que o faca no computador e nas horas vagas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Evangelizacao

Ate hoje nunca descrevi as minhas viagens na Indonesia. Precisava de conhecer melhor o pais para perceber sobre o que valia a pena falar.

Em quatro viagens fiz destinos bastante diferentes, apesar de quase todos envolverem, a um dado momento, praia ou agua, algo que agrada aos genes marinheiros do meu sangue português.

Começo pela ultima viagem: Lombok e ilhas Gilli.

UAU. Na realidade, não há muito para ver nem fazer nestas ilhas, para alem de praia, piscina, compras e relax (como se isso não fosse suficiente!). Boa comida, gente simpática, e por ser um destino turístico (ainda que muito menos que Bali), um pouco mais caro que os outros destinos. Fiquei com curiosidade de conhecer a ilha de Sumbawa, ali mesmo ao lado, e que não deve ser tão requisitada.

As ilhas Gilli são três pequenas ilhas ao largo de Lombok, sendo que atravessar ate Gilli Trawagan, a maior e mais distante, leva apenas 30 minutos. Esta e também a ilha mais movimentada, cheia de pessoas jovens, desprendidas e com vontade de festa pela noite fora. Os dias sao passados em passeios de bicicleta pela ilha, snorkelling pelas varias praias, compras, ou simplesmente a lagartar (literalmente) na praia: foi assustador o numero de pessoas que encontrei na areia no pico do sol, encharcados em oleo Johnson, a tostar.

Gilli Meno e Gilli Air, mais pequenas, mais calmas e absolutamente idilicas para casais que apenas queiram estar a dois. E o melhor destas três ilhas: não são permitidos veículos a motor.

Para os fanáticos de trekking, Lombok apresenta um desafio acrescentado: o vulcão Rinjani, que não e para fracos. Este vulcão activo explodiu a ultima vez em 2004, e criou encostas absolutamente vertiginosas, na maioria das vezes cobertas de nuvens. Para o escalar são necessários 2 dias e um grande que de preparação física.

Em Lombok, a zona turística reside em Senggigi, com boas praias, bons resorts para diferentes bolsos, e uma grande diversidade de bares, cafés e restaurantes. O mercado de Arte e um ponto fulcral de compras, apesar de ser tudo muito igual, e dos preços serem bastante inflacionados, obrigando a negociação feroz.

Sobre Lombok tenho ainda referir Kuta Beach (não confundir com a de Bali). Não a visitei, mas pelo descritivo, e uma praia de areia branca quase deserta, com ondas boas para surf.


Lombok e idílico. Se merece uma viagem ao outro lado do mundo só para visitar esta ilha? Não, mas na realidade, nada na Indonésia merece tamanha indulgencia. E o conjunto e a diversidade que torna este pais tão místico e completo.

Uma pequena nota: As distancias em Lombok são enganadoras. Junto a Senggigi e aos resorts as estradas em boas condições permitem viagens relativamente velozes, ao passo que na restante ilha, pelos buracos que unem o alcatrão, fazem com que uma viagem de 5 kms demore uma eternidade.

Ficam algumas fotos. O resto só no meu Facebook.





Créditos das fotos ate aqui: Zita Primarini | Edição: Guia





Estas aqui já são fotos minhas, não as saquei da net.
Reparem como nesta ultima foto se vê um vulcão de Bali ali bem ao fundo.

Posers

Costumo gozar com os meus amigos indonésios que eles são (como quase todos os asiáticos) um "bunch of posers". A verdade e que não falta criatividade na hora de posar para a câmara, e adoram que lhes tirem fotografias, mesmo quando são perfeitos desconhecidos como eu e a foto nunca lhes vá parar as mãos.

Em baixo seguem fotos de pessoas que fui encontrando na rua.














Aqui, ate o cão fez pose.

domingo, 22 de maio de 2011

Delicatessen

Ayam Taliwang do Pak Udin, em Mataram, Lombok.
A galinha vem com a cabeca inteira (ate o olhinho) para a mesa, mas fora isso...Yum yum yum yum!





sexta-feira, 20 de maio de 2011

Como matar uma infancia

Acho impressionante a capacidade de estupidificação do povo americano, que leva a situações como esta. Estes senhores acreditam mesmo que matando um ícone de uma marca conseguem combater a obesidade?

Esqueçam a educação alimentar e o estudo da roda alimentar na primaria. Pelos vistos também não vale a pena debater o facto dos pais cada vez terem menos tempo para os filhos e os empanturrarem com comida de plástico. E para que mencionar o sedentarismo que planta adolescentes em frente aos PC's, consolas e televisão, em vez de brincarem na rua, andarem de bicicleta e jogarem a bola?

Não, a culpa da obesidade crescente nos EUA e' do Ronald MacDonald, figura carismática que e' também a cara da marca em tudo o que e' iniciativa de responsabilidade social, visitando crianças em hospitais e criando casas de transição para os pais poderem acompanhar os filhos em tratamentos médicos prolongados em hospitais fora da área de residência. Desde 1982 que o Ronald faz este trabalho. Alguém conhece a cara de algum porta-voz ou CEO da marca? Eu não.

Mas quando era pequena, e ainda nem existia Mac em Portugal, já conhecia o Ronald e MacDonaldland, Tinha lençóis do Ronald e do seu maravilhoso mundo de batatas (os Fry Kids), hamburguers falantes (Mayor MacCheese) e do seu arqui-rival, o Hamburglar Grimace. A sua mística embalava os meus sonhos, com mensagens de amizade e honestidade.

Porta-vozes e CEO's vão e veem, o Ronald e' intemporal. Da uma cara ao C em CSR.

A seguir vão dizer que o Vitinho da Milupa não era boa companhia para adormecer, não?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aquilo que nos separa

Este pode ser um pais sub-desenvolvido, mas casos como este e o que aqui falei ontem são resolvidos de forma célere na Indonésia. Quanto mais não seja (que isto também não e a aldeia dos macacos), as mãos da populaça, que não se atrapalha em ser juiz e carrasco.

Não sou adepta de fazer justiça pelas próprias mãos, mas se o sistema de justiça português continua a gozar com a cara do povo, desconfio que muitos vao começar a acender os archotes e a sacar das forquilhas.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Eu sou Portuguesa, e isso (as vezes) me entristece

Quando leio noticias como esta, sinto vergonha. E toda a gente sabe o quanto eu adoro o meu pais.

No outro dia, fiz um homem adulto chorar

Ok, não fui bem eu que o pus a chorar, foram mais as memorias do passado.

Após um cocktail bem regado a vinho, um parceiro da nossa empresa, com quem trabalhamos nos últimos meses, resolveu brindar comigo por ser uma portuguesa simpática. Nas palavras dele, mudei a imagem que ele tinha dos portugueses. E acrescentou: "because you know, I was in Timor Leste when..." e começa a chorar. Não estou a falar apenas da lagriminha no canto do olho. Alimentado pelo alcool, ele solucava e sorvia ar como um peixe fora de agua.

Não dei mais azo aquela conversa pelo claro trauma do senhor, mas isso abriu uma nova discussão com alguns amigos indonesios. E mais uma vez fui relembrada da forca do quarto poder, que mesmo numa época pós Suharto, numa época livre de censura e em que a liberdade de imprensa lutava por se afirmar, escolheu tomar partido do nacionalismo indonésio e veiculou mensagens como "as tropas portuguesas torturaram indonésios em Timor", ou "os portugueses estão a forcar os timorenses a eleições".

Esqueçam os 80.000 timorenses que ao longo de 25 anos foram assassinados pelas tropas indonésias. Esqueçam os jornalistas australianos brutalmente apanhados no meio desta guerra. Esqueçam o massacre de Dili. Esqueçam tudo o resto, pois na realidade, a Indonésia apenas procurava salvar Timor da ocupação colonialista de Portugal, e substitui-la inicialmente pela ditatorial, e posteriormente republicana, indonésia. E muitos indonésios (não todos), ainda hoje são da opinião que a maioria dos timorenses querem voltar a pertencer a Indonésia. Eu sei porque a Indonésia gostaria de voltar a ter Timor Leste. E ate percebo porque Timor Leste poderia querer ser parte da Indonésia. A moral que tiro desta historia reside tão só e somente na forca deste quarto poder.

Uma pequena nota: Nunca estive em Timor. Pelo que ouço, eh ainda hoje uma confusão, um pais despedaçado e a ser lentamente drenado de recursos pelas empresas parceiras das NU.





quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mommy is coming

Com a tia, por 15 dias, 3 fins-de-semana. E sim, tenho saudades, porque sou uma menina da mama e do papa e da titia. Quase com 30 anos e digo-o com muito orgulho.

So gostava de fazer a viagem que as sortudas vão fazer!

domingo, 8 de maio de 2011

Furar esquemas

O Governo indonésio faz sempre bandeira das rígidas medidas de segurança que aplica a todos os seus eventos, particularmente os que envolvem altas figuras de Estado. Mas acho que nao contaram com buleis atrasadas a romper o esquema.

Quinta passada tive um grande evento. ASEAN-EU Business Summit. So pelo nome já impõe respeito. O evento decorreu no Jakarta Convention Center (uma Exponor ou FIL local), e contou com a presença do Presidente da Republica Indonésia. Por essa razão, e porque neste pais há atentados a bomba, o parque de estacionamento e acessos aos JCC estavam fechados e condicionados, autorizados apenas a viaturas oficiais e carros de embaixadores. Mas a Guia estava atrasada.

A Guia pediu ao ojek para entrar no recinto. E o ojek, sem consciência nenhuma do que se estava a passar, entrou a abrir. Atravessou o parque de estacionamento vazio de carros e cheio de policia, atravessou a formatura dos Policias Militares, e parou a mando da Guia em frente a porta de entrada. Nao sei o que os policias mais miravam com surpresa: se a audacia do ojek ao atravessar o recinto ja fechado, se a bulei com batik (traje tradicional) que ele carregava no dorso da mota.

A Guia tirou o capacete, atirou-lho para o colo junto com as notas devidas, e voou para a entrada antes que um qualquer policia achasse que a Guia tinha uma bomba amarrada a cintura. Mas não sem antes ouvir os policias a mandar vir com o pobre Ojek.

E no dia seguinte, a Guia riu com esta noticia:

KL

Dado que o meu visto requer que eu saia do país uma vez por mês a fim de obter um novo visa on arrival (oooooooh), fui visitar Kuala Lumpur.

KL é uma cidade absolutamente desenvolvida, que mistura de forma elegante a religião muçulmana e hindu, com todas as vantagens de uma pólis. Por ser uma cidade recente peca pela falta de atracções turísticas, mas o que lhe falta em sightseeing compensa (largamente) no potencial de compras - o que a torna na cidade perfeita para um fim de semana. Recomendo claro, uma visita às Batu Caves, templo hindu em grutas escavadas na rocha, muito diferentes do que estamos habituados. 

Para os shopping addicts, é fácil perder-se entre os vários shopping malls, mas qualquer viagem de compras não fica completa sem uma visita ao Central Market de Chinatown, na famosa Petaling Street. Este mercado está aberto todo o dia e parte da noite, transformando-se depois do almoço, com uma corrida louca na montagem de pequenos stalls para venda de tudo o que se possa imaginar. Uma cidade dentro de uma rua, que nos faz perder a cabeça. Dá para um dia inteiro!

A noite rivaliza com a noite lisboeta, com a diferença que tudo aqui é novidade para mim, ergo bastante mais interessante e envolvente. E com a vantagem de poder terminar num qualquer warung (café de rua, totalmente aberto), que invariavelmente estão abertos 24 horas. Recomendo vivamente provar o Roti Qeju. Salivo só de lembrar....

E a comida...bom... toda a gente louva a comida malaia, e deixem-me que vos diga, não está nada mal. O meu conselho será sempre visitarem a famosa Lola, a dona do restaurante Lim Kim, em Jalan Alor (Bukit Bintang). Provem a raia, o chicken fish e os sea snails, peçam camarão e celebrem a conta final que não deverá exceder os 5-7 euros, mesmo com cerveja à refeição. Perguntam vocês: porquê famosa? Bom, Lola na realidade é uma alcunha dada a esta senhora pelos espanhóis que a visitam, uma vez que ela foi entrevistada por duas vezes para um canal de tv espanhol (e faz questão de repetir que é famosa em Espanha nas conversas que tem com os seus convivas). 

A foto da praxe junto das Petronas completa o ramalhete e voilá! KL está visto!

Petronas by Night - quando são realmente impressionantes.

Uma qualquer rua em Bukit Bintang.

O que eu comi, senhores...! Ui!!!!

Chicken Fish. YUM YUM.

A famosa Lola. 
My first time on a Tram.

Jalan Petaling, ou shopping heaven.

Batu Caves. 

Little Monkey, Big Balls.

Um país altamente muçulmano.

Petronas vistas do topo da Torre de KL.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ponha o dedo no ar quem ja viu melancia amarela

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Sobre trabalho (sim, porque eu vim para a Indonésia trabalhar!)

"Laissez faire, laissez passer"* não é o meu estilo de liderança.

*Liderança liberal ou Laissez faire: Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Indonesia - We are ready!


Este eh o slogan da Câmara do Comercio. E a boa da verdade eh que a Indonésia esta efectivamente pronta, mas pelos vistos ainda não chegou  a vez dela. Por isso venho, nas palavras de um sábio mestre marketeer com quem tive o privilegio de cruzar caminho, e que muito admiro, "evangelizar a Indonésia".

As relações entre os nossos países nunca foram as melhores, por razoes históricas (nos invadimo-los há 500 anos atrás, eles invadiram Timor Leste há 20, dizem que amor com amor se paga).Mas toda e qualquer animosidade mantém-se apenas presente nas mentes dos portugueses, que podem não falar sobre o assunto, mas não esquecem. Por exemplo, qual foi a ultima pessoa que ouviram dizer que foi passar ferias a Indonésia em vez de dizerem "a Bali"? Como se Bali fosse um estado independente e não a ilha mais devastadoramente gasta pelos turistas dentro deste enorme arquipélago...

Deixem-me que vos diga: para os poucos que tem estômago para enfrentar a poluição e caos citadino, as duras estradas e a condução Indonésia, o paraíso aguarda-os. A Indonésia eh um pais de beleza extraordinária e profunda, suplantada apenas pelo sorriso sincero e ingénuo dos indonésios.Um equilíbrio quase perfeito. Ha muito a fazer pela Indonesia? Ha. Muito, mesmo. Mas o que por cá existe já e mais do que suficiente.

Uma historia dentro de uma historia: a primeira vez que me apaixonei pelo sudeste asiático foi a primeira vez que visitei Bangkok. Tinha 16 anos, já conhecia algo do mundo desenvolvido e ate dos países ditos subdesenvolvidos. Cativou-me o calor, asfixiante por vezes, mas sempre envolvente. Cativou-me a confusão. Cativaram-me as pessoas e a facilidade com que entregavam um sorriso. As suas vidas simples. A liberdade com que se sentavam no chão para uma refeição, e a flexibilidade com que se moviam.Cativaram-me os cheiros, o ruído permanente, a ausência aparente de regras e o luxo a preço da chuva. Cativaram-me as expressões. A ausência de tristeza, a ausência de dor ou sofrimento.Cativou-me a diferença.

A Indonésia, com todos os seus defeitos, traz-me todos os dias a memoria essas primeiras impressões do sudeste asiático, a paixao que senti desde as primeiras golfadas de ar quente e húmido, quase impossível de respirar, qual panela de pressão. Sou feliz aqui.

A matanca do porco






Não eh comum encontrar pedaços de gastronomia indonésia feitos com porco, dada a natureza muçulmana do pais. E com estes requintes de malvadez, eu ate compreendo. Quem no seu perfeito juízo quereria comer um pão com o formato de um suíno fofinho tirado da historia dos 3 Porquinhos?
Aqui a loba ma. Dei uma dentadinha. Pão insípido, quase como hóstia, recheio doce e altamente condimentado, uma pasta de porco que não lembra a ninguém. Not for my taste. Mas fica bem na foto!