quinta-feira, 28 de julho de 2011

Enquanto estou deitada na praia a ver o sol a por sobre o mar de Bali, não posso deixar de invejar a simplicidade das vidas da aldeia.

Sao duras, sao exigentes, as vezes complicadas pela necessidade de fazer dinheiro para comer. Mas ao fim do dia um por do sol e uma cerveja fazem com que tudo desapareca. Não gostavam que fosse sempre assim? Entao aproveitem mais.

Sem arrelias, sem stress, pura vida. Contra mim falo, pois qd regressar de certeza que estarei preocupada com o que vou fazer a seguir. Qual o proximo passo, como me irei sustentar, como recomecar. Mas confio nesta paz do sol que me aquece as costas para descobrir o caminho.

Pura Vida.

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sábado, 23 de julho de 2011

Os templos

Quem vem ao Cambodja vem para ver Angkor Wat. E vem muito bem.

Habituada que estava a ouvir falar de AW, pensava que era apenas um templo antigo e lindo. Errado. Angkor eh um tempo da historia cambodjana, quase um estilo arquitectonico, e compreendeu a construcao de centenas de templos ao longo de seculos, resultando num magnifico Parque Natural com selva e magnificas estruturas, todas diferentes, todas com as suas particularidades, todas lindas.

Ankor Wat eh massivo, simetrico, impoe respeito. Banteay Srei eh delicado e pacifico. Bayon, com as suas cabecas massivas, eh quase comico ao estilo Big Brother is watching you. Ta Rup e Banteay Samre sao calmos, labirinticos, vazios, silenciosos. E Ta Prom eh esoterico e poderoso. Todos diferentes, apesar de todos iguais. E a mistica de quem os construiu permanece, ainda, indelevel, mesmo depois de 1000 anos...

Um conselho: a experiencia angkoriana ganha (muito) se for feita em bicicleta. O parque vale tanto a pena quanto os templos, a floresta de selva engole-nos para nos cuspir novamente a cada novo templo, como aparicoes no meio do oceano de verde. Ponham-se em forma e facam os kms, vale a pena.
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And then there's Siam Reap

Lady, massaaaaa! One dollaaaaa..
Mistaaaa, buy somesyyyyy... Free to look!
Sansiuuu ladyyy!

Estas sao as frases mais ouvidas em Siam Reap. Eh uma cidade que deslumbra, não enquanto cidade, mas por tudo que a envolve.

A primeira vista eh imediatamente diferente de tudo o resto. Pequenas avenidas levam a pontes sobre o rio Tonle Sap, aqui apenas um quarto do tamanho que ocupa em Phnom Penh.

Siam Reap subsiste inteiramente do turismo, e encontrou formas bastante criativas de atrair turistas sem precisar das cadeias multinacionais que normalmente oferecem algum conforto em termos gastronomicos pela familiaridade do sabor. Afinal, quem precisa de Mac quando pelo mesmo preco pode comer um magnifico noodle com galinha e vegetaais frito, com sumo de fruta fresca, por 3 dolares, seguido de um fish spa por one dollaaaa e um head, nech and shoulder massa por one dollaaaaa?

Siam Reap eh pornograficamente barata. Tudo apela ao consumo, e isso sente-se no vibe da cidade e dos seus habitantes, que quase estao dispostos a fazer a venda por menos de nada, so para vender. Tudo se venda. One dollaaaaa...!


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Cambodja

Uma semana no Cambodja parece-me ser pouco para tudo o que o pais tem para oferecer, mas a verdade eh que depois de uma semana ja tudo parece igual, pelo que uma semana eh exactamente o tempo certo.

Este eh um pais relativamente pequeno em dimensao, que concentra ainda a maioria da populacao nas areas rurais, algo bem presente em cidades pouco desenvolvidas, sem business centres, grandes predios ou avenidas. Sobre estas ultimas, excepcao feita para Phnom Penh, onde o legado frances das avenidas "aux Champs Elysees" permanece.

E eh por ai que comeco: Phnom Penh. Engracado. Muitos templos (Wats), o Palacio do Sultao, Museus, o Riverside com os nativos a fazer exercicio ao final do dia(ja la vamos), bla bla bla. Highlight eh, sem duvida, a imperial a 0,65 USD em Happy Hour :)

Ja Battambang, no interior do pais e junto ao Lago Tonle Sap, eh uma cidade rural. Sem confusoes de transito mas com muito po, eh uma cidade sem interesse aparente. Esse reside nos passeios pelo campo, pelos arrozais e pelos templos nos arredores, misturando o angkoriano e o budista, num build up para Siam Reap.

Pequenas delicias gastronomicas do Cambodja: os miticos gafanhotos fritos, disponiveis em versao com ou sem malagueta.

O ponto alto em Battambang eh algo que se tornou exageradamente turistico, mas ainda assim imperdivel. A once in a lifetime experience. O Bamboo Train, ou Comboio de Bamboo, teve as suas origens na necessidade de transporte de generos entre aldeias da zona de Battambang, e na ausencia obvia de transportes adequados numa zona infestada de minas. A solucao obvia foi a utilizacao das linhas de caminho de ferro, e o engenho surge quando a necessidade lhe eh mae. Uma esteira em bamboo, como uma cama, eh colocada sobre dois eixos de rodas metalicas que encaixam nas linhas de comboio. Um pequeno motor eh encaixado no topo, com uma correia amovivel ligada a um dos eixos. Uma trave de bamboo, como um leme, desencaixa a correia e volta a encaixar, em caso de necessidade de travagem. E toda esta parafernalia eh desmontavel em apenas 30 segundos, o tempo necessario para desencaixar o mini comboio e a retira-lo da linha caso se cruze com outro bamboo train, ou pior, um real train. :) atinge velocidades assombrosamente elevadas para a estrutura tao leve, e eh das experiencias mais especiais que se pode ter. A liberdade de percorrer as linhas ferreas, pontes, entre arrozais e selva, em picardias com borboletas e libelinhas eh inigualavel, e tudo num carrinho de rolamentos a motor. :). Brincadeira de criancas grandes. Prometo postar o filme assim que conseguir fazer o upload.

E chegamos a Siam Reap.

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sábado, 16 de julho de 2011

Férias :)

Amanhã, Cambodja.
Durante uma semana, estarei fora do radar. Mas usem e abusem do espaço!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A entrar nas ferias de Verão, achei por bem dar nova cara ao espaço. Mais condizente.

Como sempre, a foto do cabecalho eh minha, para evitar querelas de direitos de autor.

Desta vez, em Gilli Trawagan, Lombok, Indonesia.

Sobre a generosidade

Os indonesios sao o povo mais naturalmente generoso que tive o prazer de conhecer.

Dão a sua amizade, a sua casa, a sua comida, dão presentes e se nada mais houver para dar, dão sorrisos. Andar na rua eh um prazer pela quantidade de bons dias recebidos, acompanhados por um rasgar de orelha a orelha que pode conter mais ou menos dentes, mas eh sempre bem intencionado.

Ontem, em conversa com uma excelente senhora que tive o privilegio de aqui conhecer e com quem espero manter contacto, falamos sobre a arte da generosidade, e de como dando, acabamos por receber mais e mais.

Este eh tambem um dos ensinamentos do Islao, que promove que os seus seguidores deem sem olhar a quem, sejam generosos e partilhem, pois nunca se sabe quando podemos precisar que sejam generosos connosco. Da mesma forma, ensina a virar a cara quando nos fazem mal, a procurar conforto em Deus, e acreditar que se formos puros nas palavras, pensamentos e accoes, que a vida (prefiro pensar na vida e não em Deus) se encarrega de nos e de quem nos faz mal.

Nada diferente dos ensinamentos mais puros da Igreja Católica, antes desta se concentrar mais em condenar os pecados do Homem do que ensina-lo a ser melhor.

Apontamento

Imaginem estar a subir uma escada rolante acompanhada de mais duas pessoas.

A vossa frente, um perfeito desconhecido com o rabo a distancia de dois degraus. De repente, uma onda nauseabunda e fetida da-vos um estalo na cara. Viram-se para tras e tentam, pela expressão de surpresa e prestes a vomitar, transmitir o horror.

Começa o efeito domino: "what is it?" pergunta o de trás, seguido de um rápido "ooooooh!!! pheeeeew!". A do lado ouve os risos e vira a cabeça em direccao ao horror, enquanto pergunta: "what is i...ooooooh"!.

Esta feito. Entrou na corrente de mau cheiro. E por fim descem 5 degraus, rindo e fechando a boca, tapando o nariz, e rindo ainda mais com a cara de nojo do jovem outros 5 degraus atrás, tambem apanhado pelo horror.

Ontem foi assim, num shopping mall de luxo.

"Are you dead inside?" foi a única coisa que me ocorreu perguntar.


quarta-feira, 13 de julho de 2011

E perguntam voces: mas tu ainda estas ai?

Sim, eu sei que não tenho dado noticias nenhuminhas e que vocês morrem de saudades.

Por cá tudo bem, dedicada a planear ferias e a futura condição de desempregada, a ler as noticias de Portugal que tanto alento e entusiasmo me trazem, e sem inspiração/paciência para escrever.

Jakarta esta a terminar. Domingo parto para uma semana no Cambodja e a partir dai 3 semanas de outras paragens indonesias (incluindo Bali, pois vir a Indonésia sem ir a Bali eh como se não tivesse vindo a Indonésia!).

Jakarta foi uma paragem para respirar e uma oportunidade. Ou uma pedra no sapato que me vai entrevar para sempre. Se tiver mesmo de decidir, prefiro escolher a primeira, pode ser?

Cumpri o meu sonho de trabalhar um mercado estrangeiro, ganhei nova admiração pelos meus amigos emigras e para tudo o que trabalhar no estrangeiro implica: o choque cultural, as diferenças nos métodos de trabalho, a barreira linguística, o desconhecimento do mercado, organizações e empresas. E sinto que essa parte esta terminada. Se voltava a trabalhar no estrangeiro? Sim, sem duvida, mas em algo que de facto me desafiasse e me melhorasse.

Ganhei outras coisas. Tempo para mim. Muito tempo para mim, algo que não tinha sei la eu há quanto tempo. Sim, eu sei, fui muito egoísta estes últimos 6 meses, a começar pela decisão de fazer esta viagem (com todo o vosso apoio) e a terminar na forma como apenas pensei em mim durante este tempo. E sabem que mais? Soube bem. Soube bem não ter de ser responsável por mais nada para alem de mim. Não tenho vergonha de o admitir. Porque ao fim de (sei la eu quantos) anos, esta pausa deu-me uma nova perspetiva para onde direcionar as minhas preocupações, as minhas responsabilidades e as minhas energias.Eh hora de arrumar a minha vida, dedicar-me a família que vai ser aumentada em breve (ainda estou a lutar pelo vosso Brudio!), e procurar novos desafios de pessoa crescida. Afinal de contas, já tenho 30 anos! :)

E isso leva a nova etapa que se avizinha. Ao que não quero repetir do passado e o que ainda tenho para desbravar. O caminho começa a aparecer-me devagar, incerto. Ate tenho medo desta ausência de medo que sinto por esse futuro, tal eh a inconsciência ou inconsequência. Logo se vê. Chega de stressar, agora dedico-me a arte da paciência, da calma, do equilibrio. Vamos ver quanto tempo dura! :)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Fechado que esta o nosso inquérito, vence o Brudio. A partir deste momento inicio campanha junto das respectivas unidades parentais do Brudio para reclamar o direito de registo da criança. A vossa opinião tem de prevalecer!