Este post contem imagens chocantes. Se ficarem mal dispostos, não digam que não vos avisei.
Ja estávamos a conversa há algum tempo com este casal de vietnamitas (a residir nos EUA desde a adolescência) quando o homem da esta deixa. E ai caiu-me a ficha que ambos tinham vivido a guerra de perto.
"So, as a vietnamese-american, what did you think about the War Remnants Museum?", perguntou a Zita sobre o Museu que todos havíamos visitado no dia anterior, e que incluía uma vasta coleção de armas, fotos e descrições sobre os terrores praticados pelos americanos em solo vietnamita. E como pessoas instruídas e educadas, a resposta foi politicamente correcta: "Of course it is one sided. This is still a comunist country". Imagino que Hanoi hoje em dia já não seja tão férrea. Pelo menos tomando o exemplo de Ho Chi Minh (Saigon), uma cidade que, ao contrario de Hanoi, me encantou. As reminiscências coloniais bem preservadas na arquitectura e no ambiente romântico da cidade tornaram Saigon numa boutique gigante, com lojas que apetece explorar, cafés, restaurantes e jardins em abundância.
Trendy e cosmopolitas, os jovens saltam nos skates em frente a edifícios que podiam ser da 5th Avenue, ao lado de um edifício de Opera que nos transporta imediatamente para os monumentos parisienses.
Tudo isto faz-nos esquecer que há menos de 40 anos, a cidade estava devastada pela guerra e sucessivos bombardeamentos dos Vietcongs a um sul considerado simpatizante com os americanos.
"But I also think that that museum should not be seen as a testimony against the americans. It's a testimony against war, any war", acrescentei da forma mais educada que consegui, sem coragem de lhes dizer que, apesar de toda a barbárie que o museu incluía contra os americanos, concordava que os EUA nunca deveriam ter travado aquela guerra.

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